quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pra quem é meu amigo... ou quer ser.

Quando a solidão se fez, com sua presença ocupou o espaço vazio; quando a dor chegou, foi seu amparo que me levantou; quando a tristeza insistiu em vir, foi sua alegria que me fez sorrir; quando a mesa ficou vazia, foi você que trouxe o copo bem-vindo da cerveja; quando a energia cessou o som, foi você que, à capela, comigo cantou; quando veio a dúvida em Deus, foi você que me fez rezar e acreditar de novo que faz bem gostar do outro. Você, meu amigo, o verdadeiro, o leal, que me questiona sim, que não concorda sempre comigo, que diz pra mim o que pensa e sente, você, pra quem, hoje, eu que só sei fazer poesia, fiz essa, procurando uma rima que que combinasse com você.... Não encontrei... só me veio uma palavra à cabeça, lembrança dos velhos e bons, novos e recentes, presentes e ausentes, da terra e do espaço, do copo e da religião, do teatro e da canção, dos porres e da confissão, das sacanagens e até das pequenas maldades, a palavra é SAUDADE de VOCÊ que leu esse texto e sabe que é com você estou falando. Um brinde e bjs

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mais um café com bolo de Fubá em Minas

e um sorriso pra minha mãe.

Demorei, mas voltei, falando de mãe, mãe terra de origem, mãe carnal..

Não especificamente pelo café cheiroso que me remete a amores presentes e passados, mas, e em especial, pelo encontro de sorrisos.
Herdei de Minas o gosto pela poesia, um cadinho de silêncio esperto, o amor pelas mulheres, pelos amigos e pelos parentes, todos Divinos.
Êta palavra boa! Um trem de razões pra me orgulhar e desejar estar...
Certas canções que ouço me transportam, me colocam em JF, perto das lindas meninas da Tia Inês, amada; as preçes e orações me aproximam da minha Diva, diva de tantos e tantos queridos primos, amor-mãe-tia-amiga; os sorrisos e piadas me colocam próximo ao sábio Tio Décio e aos primos que, de prima, adoro; pra me guiar pelas terras de Minas, o Tio Guido e para estar junto, admirar, meu Tio Inácio, grande homem e grande coração, maior que o próprio homem.

Darci partiu à cavalo pelos pastos de Lima Duarte pra fazer parte com Divino, Totó e tantos outros de uma paisagem eterna que só as pairagens mineiras têm.
Quanto à Dora, quem não adora?

Mulher-bondade, minha mãe, menininha, meu norte e sul de Minas, minha mina que já foi... pra cima marar em outra Minas.
Pra todos eles, um café com bolo de fubá. Ninguém vai dispensar.
Pra minha Dora, algo mais, ela adorava um sorriso.

Pra ela, proponho o nosso. O meu, o seu, de quem ler.
Quem ama um sorriso é livre para estar onde quer, com quem quiser, vive bem, ama bem, não chora, porque...
A Dora um sorriso!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Primeiro Briefing




Há muito tempo atrás, fizeram um tremendo briefing (Ninguém sabe quem. E isso é muito normal em algumas instituições.) que caiu na mão de um Criador fantástico, único.


O lance era o seguinte: “Objetivo: Criar uma coisa que nunca existiu, com começo meio e fim, onde o pessoal perceba o meio e o fim, mas o começo seja uma incógnita. Detalhes: Que tenha um tremendo layout, muita cor e brilho. Local: Todos. Horário: 24h Atrações: Personagens mil (milhões, bilhões...), que sejam tudo, de tudo ou nada. Budget: Hammmm! Enfim, simples assim.

E não é que o Criador respondeu: Tá legal! E fez...

No dia marcado, lá estava ele sozinho para a apresentação da matéria. Levou sete dias pra concluir o trabalho, só descansou um. Ganhou a concorrência (embora tenha sido o único a apresentar o projeto). Como andava cansado de criar, deu a todos os personagens (criaturas) um curso intensivo de criação, inspiração inclusive, e disse: Vão e criem...

Então, as criaturas, como respeitavam muito o Mestre,
resolveram, ao invés de se autodenominarem Criadores,
chamarem-se criativos. E dividiram atribuições: vocês
cuidam dos layouts e nós conceituamos.

Com o tempo, cansaram dos briefings, principalmente os complicados que só criavam coisas pequenas, davam trabalho, disseram: “bellow” não queremos mais, só “above”. Esqueceram que o “bellow” e o “above” faziam parte de um todo.

O tempo passou... a Comunicação da Criação e das Criaturas do Criador mudaram (são mutáveis, ele é que não é) e o “bellow”, humilde, devagar, foi ganhando espaço, cresceu, sem desmerecer o “above”. Ficaram integrados, totais, full (nomes bonitos, não é?), mas os criativos, despreparados para tratar do “bellow” (pois as Escolas de criativos, que eles mesmos criaram, só preparavam – e preparam - para o “above” que tem mais charme) viram-se num vácuo, num Éter. Rezaram:

É uma catástrofe, senhor. Um Temporal. É vento!?

Evento, filhos. Tem início, meio e fim. Tem luz, tem roteiro, cenografia, personagens.. - respondeu, solícito, o Criador:

- Mas só isso? - questionaram eles.

Não! Tem ação, web, o improvável, o surpreendente, um stand, um sampling, mobile marketing... não tem fim..

Mas e os anúncios, os spots, os comerciais, os...

Estão aí, fazem parte, tudo é Comunicação Criativa, mas não existem seres maiores que os outros para fazê-las. Todos podem, desde que trabalhem. Criatividade não é dom, é algo que todos têm, embora nem todos a usem (ou ousem). Aprendam a lição e mãos à obra! – Conclui o Criador.

Assim, terminou mais um evento. O início... Bem, esse eu não conto. O meio está em curso. Mas o final é com vocês.